farta do freak show da vida,
durmo longamente pelas tardes
acordando apenas quando a escuridão em mim se faz presente
e tudo já não é movimento diurno.
recolhida ao sofá, mastigo uma maçã
no escuro, minha única promessa
de felicidade nesta trincheira.
resolvo problemas matemáticos, encho garrafas
de água, prontas para visitas que nunca aparecerão.
vão felizes os bancários, porque acordam cedo.
e as casamatas, porque trabalham.
no gargalo, eu. me alimentando de fígados e de energias.
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