E foram desfazendo camas
E desmontando geleiras
Para criação do afeto
Que se encenava no sorriso do rabo do cachorro.
E foram movimentando o mofo
Por paredes que se pediam.
E cozinharam carnes de diferentes tipos
E lambuzaram seus peitos com perdões distintos
E com palavras inonimáveis,
E com desejos de outros, sem perdura, sem então.
E foram dizendo amores, mesmo para os que não se amavam.
E formaram famílias de pessoas que eram antes imprestáveis,
E que cresceram e tiveram filhos, maridos, esposas e mulheres.
Os que antes eram vulgares e sifilíticos.
Nasceu então a doçura nas falas pela distância,
E todos passaram a querer todos por perto.
E foram tantos os desejos e tantas as coragens,
Tantas as caídas e tantas as vontades,
Que a máquina de guerra se autodestruiu e
A máquina do mundo, se fez forte e presente,
entreatos de
Portas entreabertas e portas semifechadas.
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