Thursday, February 01, 2007

Avenida Sete, Mon Amour

Entre escombros e prostitutas,
Uma janela olha para o mundo.
O cheiro horrível, as bocas secas, os gritos da noite.
Nada tem tanta vida quando escurece como os submundos e os amantes alterados,
Um louco que tenta roubar a vassoura do lixeiro para ir à lua.
As casas velhas com seus telhados furados pedem fotografias antes que se desmanchem no tempo.
E após o flash, voltam para suas surrealidades, assustadas.
Entre casas e nenhuma bananeira, mulheres e nenhuma laranjeira.
Sonhar, Amor. Sonhar.

29 de junho de 2006

1 comment:

trói said...

dangerous words...