Viver não é
propaganda.
Aqueles quadros clichês
de felicidade, aquelas cenas que relembram
o grão instantâneo, aquela luz.
A vida, fora da
propaganda, tem outra luz.
Só outra luz.
Nem mais bonita, nem
mais feia,
pois que a vida não é
mais bonita, nem mais feia que a vida
na propaganda.
Nem mais fácil, nem
mais difícil,
pois que a vida não é
difícil
se não formos nós a
fabricar seus vãos.
E sua lua, e seu
escuro,
sua facilidade e seu
vão
residem todos no
imprevisto,
no instante que
escapa,
em que se atropela o
jogo de luzes que transpira nas propagandas.
E há o sonho e suas
luzes, importante lembrar,
e o lance de dados: o
coração desarmado, a despeito de tudo,
e as esculturas que há
séculos sabem ler as horas nos olhos dos gatos.
Amar não mata.
2 comments:
... a fleeting glance.
Ah, what a thrilling picture! Tell us, please, where is this place! Some sunny day I will catch that tree. In the spring, when "SHE" will be full of green leaves... Here it is my propaganda-dream.
Aterro do Flamengo. Rio de Janeiro.
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