Mas quando fui embora, te beijei e te abracei, estava tudo combinado comigo de que aquele seria um último abraço nesses moldes.
Bom mesmo foi caminhar nas ruas logo depois que você virou a esquina. Queria me acompanhar, eu disse que não precisava. Você deve ter sentido, ah, deve ter sentido, se é capaz de enxergar a vida com a vista míope, ia sacar a nebulosidade ao meu redor. Também não sou tão cruel. Dou pistas. Que os meus olhos que iam de extrema alegria para você nos últimos encontros, estavam se tornando olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Eu contava os segundos do nosso fim. Enquanto lia Bukowski no seu mezanino.
Mas foi da Bíblia, óóóóó, livro secular, maldito!, de onde veio aquele verbo antigo e que diz tanto sobre algumas circunstâncias. Por que não és frio, nem és quente, mas por que és morno, sinto vontade de vomitar-te de minha boca.
Morno, só banho de vez em quando (que o calor anda demais por aqui) e leite com café sempre.
Homem não. Morno nunca. Frio...voilá...a vida segue.
Ainda prefiro as chapas-quentes.
9/2010
1 comment:
Também não gosto de nada morno. Ou quente-fervendo ou geladíssimo. Bjs, com saudades.
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