não havia nada para se comer.
apenas livros e discos espalhados pela casa.
as paredes começavam a ser escritas.
ontem, tomar banho frio para não escrever.
tudo para improvisar ainda mais os momentos difíceis.
senti dor.
pegou no meu braço forte, entrou para o quarto, foi sofrer sozinha naquela noite. os amigos nem sempre querem ajuda. às vezes eles preferem a companhia da chuva.
como chovia, fui fazer compras, antes que a casa se inundasse de nada.
ao retornar, a chuva havia molhado a mesa da sala. tantos livros nela.
molhadinhos.
a flanela alisava-os com carinho enquanto eu cozinhava ovos de codorna.
tem chovido a cântaros. tenho escrito à pulso.
acho que as paredes não vão resistir.
2 comments:
As paredes, por estes tempos, estão sempre desmoronando. Porque não ignoram a chuva...
legal!!!!!!!!
Post a Comment