Brasil, brasilis...
Se tentasse explicar para alguém o caminho, me perderia. Eu vim andando com o corpo da mente ou com a mente do corpo? E tanto faz é uma resposta agora que não importa.
Um homem te parou no caminho:
- A chuva molhou meu pranto!
Logo com você, tão afeita à poesia. E você conta logo para mim, me dando esse presente oneroso. O inevitável que te acolhe diante da vida?
Nem sei quanto tempo se passou...
Quanto tempo faz que olho pro céu, ou quanto tempo digo que tenho o mesmo tempo de irmãs. A nossa família era grande. E as brigas exasperavam meu coração, mas também o deixavam vivo. Eu vou começar a te contar minhas memórias.
Um dia, minha irmã perguntou: o céu tem fim?
...
E eu passei a vida pensando num segundo de tempo, quando respondi:
- Sim. O céu tem fim. A gente vai andando, andando e uma hora acaba.
Ela me olhou como se previsse o mundo e disse:
- O céu não tem fim!
Como é quando as coisas não têm fim? É como meu ouvido, com a água sempre me dizendo que está dentro dele?
Como esse mosquito que ousa sobrevoar sobre mim, para sempre?
1 comment:
a chuva molhou meu pranto até que a chuva me fiz
A chuva molhou seu pranto também, logo você,
tão feita de poesia
ma cherie...
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