É o excesso
de um sentimento que causa a falta,
que atordoa o animal de três patas
ao fim do dia.
É a ausência do trecho final,
deslocando para os eixos
nucleares
os fracassos das relações humanas.
Não ter onde hospedar mais essas pessoas,
algo entre nem amigos, nem parentes, nem irmãos.
No adianto, aqui estão elas ainda,
dentro do coração, sem pouso.
Espectros de uma sobrevivência passada.
Humanos que não se pode dizer ao certo o que são, se não a forma como habitam o mundo.
A preferir: que fossem de outros tipos de animais, sem se darem conta do estado nu em que se encontram.
Imagem de Artur Giorgi.
2 comments:
pois então temos um trabalho conjunto... rs rs rs... que legal!
essas dificuldades do ser. por isso às vezes vamos enrolando os pés: para ter um pouco de leveza, quem sabe. e há muito que refletir sobre a existência de cavalos-marinhos. eles nos olham de um jeito estranho, encantador. são nossos fantasmas.
Artur, vc faz parte dos meus trabalhos, mesmo sem saber, desde o dia em que Chiara me mostrou sua casa.
Aqui, uma postagem já antiga sobre os cavalos-marinhos, esses fantasmas.
http://poemasbrutos.blogspot.com.br/2012/02/blog-post_23.html
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