Thursday, March 22, 2007
O grau absurdo das coisas
Agora tudo grande. A intensidade entre nós, o grau absurdo da vida, como os outros se vêem, como a gente se vê e quer ser visto. Depois, só o peso de viver entre coisas mal resolvidas. Penso em passar tardes inteiras me queimando no sol. E câncer de pele não existe nessa história tão linda. Decidi querer aquilo que poucos querem. Quando o show é perfeito, reclamam. Reclamam também quando o som está abafado. E alto demais. Porque quer chegar até às últimas fileiras do grande teatro. Eu talvez tenha alguma coisa de forte com as pessoas. Pressinto o que desejo delas e elas de mim. E apago a frase que ia escrevendo para que ninguém mais a leia. Era meu grau absurdo, me dizendo coisas que temo ouvir. Esse grau, melhor ninguém chegar tão perto. Dá azia, ânsia, trimilique nos nervos. Os nervos, que iam tão bem quando nada acontecia. Sair para as ruas é um ato de coragem e desespero. Mas vou com Truffaut que outro dia disse que se falasse de beleza e tristeza, as pessoas iam ficar tristes no final da frase. Por isso, sair para as ruas é um ato de desespero. E coragem.
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4 comments:
Estava linda a última cor
"Sair para as ruas é um ato de coragem e desespero" isso tem estado fundamentado em meus nervos...em cada articulação do corpo, tornozelos, segregados membros querendo-se conhecer como um só corpo...
E ainda não tive a coragem, só iminência de, e contidos desesperos.
Mas tenho recebido o Sol e caminhado pelas ruas...e voltado pra casa...
Depois nos falamos.
Beijos
o absurdo da rua vai ficando mais absurdo, e menos absurdo, mais exato, cada pedra no seu lugar, quanto mais a gente vai pegando gosto por olhar. Mas, o absurdo da gente, esse me congela de medo. Mas, de que serve o medo se eu não estou na pista de nenhuma causa da loucura do mundo, da minha, da sua. Um brinde ao gosto do medo como ante-sala da ATITUDE. Beijos em sua loucura!
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