um
dia
,
eu
vou
morrer
também
.
PoemasBrutos
só mais um blog na praça. já que todo mundo tem algo a dizer.
Saturday, May 06, 2017
Wednesday, October 26, 2016
Monday, September 12, 2016
meu texto, minhas regras: Estupro não é sexoEla pode roupas curtasEla po...
meu texto, minhas regras: Estupro não é sexo
Ela pode roupas curtas
Ela po...: Estupro não é sexo Ela pode roupas curtas Ela pode rebolar Ela pode beber Ela pode fumar Ela pode ser vulgar Ela pode provocar Ela p...
Ela pode roupas curtas
Ela po...: Estupro não é sexo Ela pode roupas curtas Ela pode rebolar Ela pode beber Ela pode fumar Ela pode ser vulgar Ela pode provocar Ela p...
Wednesday, August 10, 2016
nona
esses dias,
eu vivi uns dias
sem me lembrar
de minha avó.
E entendi
que,
só agora,
ela está me deixando.
eu vivi uns dias
sem me lembrar
de minha avó.
E entendi
que,
só agora,
ela está me deixando.
Wednesday, July 27, 2016
retrato
E então vc sobrevoa Salvador pela ilionésima vez e, novamente, vê que é tudo uma favela só. Alguns prédios demarcando a pequena burguesia. E o imenso mar que poderia engolir essa tragédia toda.
alguns paletós de Leon Trótsky.
CV
Mesmo depois que a gente morre
o Currículo Lattes continua.
Desatualizado, é claro.
Na reunião, tenho tempo para olhar meus braços e mãos, no detalhe.
o Currículo Lattes continua.
Desatualizado, é claro.
Na reunião, tenho tempo para olhar meus braços e mãos, no detalhe.
Cidade do México, 2014.
Thursday, June 23, 2016
junho
joaquim já sente saudades,
após ter feito sua primeira longa viagem,
de pouco mais de uma semana,
com um ano e dois meses de vida.
olha para os lugares, não os encontra.
chama pelo cachorro, ele não está.
olha para o relógio, mas não há tempo marcando em nossa parede.
fala a língua incomum dos bebês, clamando, implorando,
para que tragamos aqueles outros sentidos de volta.
em que mundo se perderam? em qual sonho terão ficado para trás?
não reconhece sequer o que os seus pais - falseados - fazem com ele neste lugar insuficiente.
se pudesse,
ele entraria para dentro do espelho.
.
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após ter feito sua primeira longa viagem,
de pouco mais de uma semana,
com um ano e dois meses de vida.
olha para os lugares, não os encontra.
chama pelo cachorro, ele não está.
olha para o relógio, mas não há tempo marcando em nossa parede.
fala a língua incomum dos bebês, clamando, implorando,
para que tragamos aqueles outros sentidos de volta.
em que mundo se perderam? em qual sonho terão ficado para trás?
não reconhece sequer o que os seus pais - falseados - fazem com ele neste lugar insuficiente.
se pudesse,
ele entraria para dentro do espelho.
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Thursday, May 12, 2016
12 de maio de 2016
meio-dia e trinta e sete.
e eu morro de vergonha do meu país.
e eu morro de vergonha do meu país.
Cildo Meireles. Desvio para o vermelho. 1967-84.
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